sexta-feira, 25 de junho de 2010

Uma Actividade em «Comunidade»





Data: 27 de Abril de 2010
· Período da manhã

Actividade:
· História Ainda Nada?
Momento da Rotina:
· Actividades livres/orientadas/planeadas
Participantes:
· Sala Parque
· 1ª Sala de Actividades
· 2ª Sala de Actividades
· Raquel (estagiária)

Local:
· Área do sossego

Faixa Etária:
18/30 meses

Objectivos
Objectivos gerais: (áreas a desenvolver)
- Formação Pessoal e Social;
- Conhecimento do Mundo;
- Expressão e Comunicação (Linguagem Oral e Abordagem à Escrita).

Objectivos específicos:
- Desenvolver a cooperação (a capacidade de equilibrar as próprias necessidades com as dos outros, em grupo);
- Adquirir sensibilização para as ciências (processo de germinação);
- Descobrir o mundo que a rodeia (ambiente natural);
- Interessar-se por ouvir e comunicar;
- Conhecer e utilizar vocabulário referente a diferentes temas e situações (processo de germinação, sementes, água, regar, terra, sol, …);
- Conhecer histórias;
- Seguir a ordem cronológica na narração de uma história e enumerar sequencialmente cenas significativas da mesma.

Recursos Humanos
- Grupo de crianças;
- Raquel (estagiária).

Recursos Materiais
- Computador (portátil);
- Datashow;
- Tela branca (extensível);
- História “Ainda Nada?” (em power point);
- Fotografias da visita ao Jardim Zoológico.

Estratégias
- Convidar a Sala Parque e a 2ª Sala de Actividades para virem assistir à história;
- Preparar a sala e montar os materiais previamente, sem as crianças estarem presentes;
- Solicitar às crianças que se sentem no chão da sala, de forma aleatória, mas em frente à mesa do computador e do datashow;
- Posicionar-me atrás das crianças, junto à mesa do computador e do datashow, de modo a que as crianças se centrem na história, olhando para a tela, e não em mim, enquanto narradora;
- Com a ajuda de uma das crianças, deslocar-me à frente e mostrar dois dos «nossos» Relvinhas, um com e outro sem «cabelo», explicando às restantes crianças presentes como os fizemos e comparando-os;
- Passar as fotografias da visita ao Jardim Zoológico.

Descrição
- De manhã, enquanto as crianças estavam a brincar no recreio, permaneci na sala a preparar e a montar todos os materiais necessários;
- Depois, fui avisar a educadora São de que já tinha tudo pronto, dizendo-lhe que as crianças já poderiam ir entrando na sala;
- E assim foi… As crianças começaram a entrar e a sentar-se, segundo as indicações dos adultos;
- Como introdução à história e tendo em conta que em todas as salas está a ser trabalhado o processo da germinação, apesar de em diferentes formas (Relvinhas; germinação do feijão), eu e o Diogo mostrámos os «nossos» Relvinhas às restantes crianças, explicando-lhes como fizemos e o porquê de um já ter «cabelo» e o outro não.
- Comecei então a contar a história “De manhã, bem cedo…”.
- Por fim, depois de ter terminado a história, «juntando o útil ao agradável», aproveitei o facto de ter o computador e o datashow instalados para passar as fotografias da visita ao Jardim Zoológico, possibilitando que as crianças as vissem.

Avaliação
A escolha desta história foi previamente pensada, pois tive a preocupação de contar uma história que fosse de encontro ao que tenho vindo a desenvolver juntamente com as crianças, refiro-me à construção dos Relvinhas e ao respectivo processo de germinação.
A história Ainda Nada? Foi contada às crianças da «minha sala» e às de mais duas salas, da Sala Parque e da 2ª Sala de Actividades. Como tal, foi-lhes feito o convite para virem também assistir à história, partindo do princípio que também nestas salas está a ser trabalhada a germinação, mas do feijão.
Esta história foi contada utilizando um suporte diferente, que não o livro. Ao contar a história através do computador e do datashow, dei a possibilidade às crianças de contactarem com um meio audiovisual diferente. E, de facto, nunca tinha sido contada uma história recorrendo a estes materiais. De acordo com as Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar (1997: 72) “A educação para os media é uma das vertentes da Formação Pessoal e Social e do Conhecimento do Mundo.” Como tal, penso que é importante, por vezes, facultarmos às crianças meios audiovisuais diferentes.
As crianças foram todas muito receptivas, embora conseguisse cativar mais a atenção de umas do que de outras. Quando eu estava a contar a história as crianças permaneceram atentas e interessadas, mantendo os olhos fixos na tela onde estava a ser projectada a história. Segundo FLORÊNCIO (2009: 25) “É na infância que as crianças têm a melhor oportunidade para ter acesso a leituras sem sensacionalismos (…) É nesta fase que elas melhor a absorvem, tirando partido do seu grande conteúdo imaginativo que as ajuda não só na interiorização das palavras e das letras mas também no seu processo de crescimento interior…”
Mas, a dada altura, as crianças começaram a ficar irrequietas e a querer mudar de lugares, pelo que as educadoras e as auxiliares foram pedindo às crianças que permanecessem atentas à história. Como se sabe estas crianças ainda não se conseguem manter atentas e concentradas durante muito tempo, por isso há que fazer as coisas de forma a evitar que elas fiquem impacientes.
Apesar de as crianças estarem um pouco distraídas, penso que fui capaz de dinamizar bem a história. Contudo, para além das ilustrações que foram mostradas, julgo que teria resultado se tivesse colocado um som de fundo, de modo a captar ainda mais a atenção dos grupos. No entanto, foi visível o entusiasmo das crianças com o simples facto de irmos assistir a uma história recorrendo a um dispositivo diferente.
É de frisar que esta história explica de forma bastante sucinta e clara o processo da germinação e a minha intenção era levar as crianças a compreenderem, de melhor forma, e a associarem a história ao que tinham feito aquando a construção dos Relvinhas. Daí ter decidido pedir a uma das crianças da «minha sala» que fosse comigo à frente mostrar às restantes crianças os Relvinhas e comparando um com e outro sem «cabelo».
No final, aproveitei ainda para passar as fotografias da visita ao Jardim Zoológico, realizada na passada terça-feira.
Em suma, esta actividade decorreu com muita alegria e satisfação, por parte das crianças.
É importante não esquecer que estas actividades podem sempre partir do adulto, uma vez que “…são eles que estão mais bem colocados para ajudar as crianças, desde que reconheçam a importância de falar e ouvir, e compreendam claramente os laços que podem ser criados com a leitura…” (RILEY cit. In SIRAJ-BLATCHFORD, 2007: 42).

Referências Bibliográficas
Referências bibliográficas baseadas na norma portuguesa 405 (NP405).
Ordenadas por ordem alfabética.

· FLORÊNCIO, Dina – A importância da leitura. Coisas de Criança: O Guia para Pais e Educadores. N.º 16. Venda do Pinheiro. ISSN 0873-3031. Fevereiro 2009.
· MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO – Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar. Lisboa: Departamento da Educação Básica, 1997. ISBN 972-742-087-7.
· SIRAJ-BLATCHFORD, Iram – Manual de Desenvolvimento Curricular para a Educação de Infância. 1.ª edição. Lisboa: Texto Editora, 2004. ISBN 972-47-2471-9.

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