quinta-feira, 17 de junho de 2010

Trabalho com as Famílias

Trabalho com as famílias

“As escolas com melhores resultados são, normalmente, aquelas que conseguem criar condições propícias a uma colaboração das famílias na vida escolar.”[1] (NOVOA, 1995: 27)
Quando falamos em trabalho de equipa, não nos podemos referir só ao trabalho que é feito com a equipa da sala, mas também ao trabalho que é feito com os pais. Os pais são os primeiros e os principais educadores dos seus próprios filhos, por isso, deve de haver uma relação estreita entre família/ educador e um bom trabalho, por parte do educador, para que haja uma continuidade educativa no desenvolvimento e na aprendizagem das crianças.
“É na família que a criança recebe os primeiros carinhos e ensinamentos, os primeiros comportamentos e valores. À escola cabe a tarefa de continuar a sua educação em colaboração estreita com a família.”[2] (JESUS, NORONHA, 1998: 92)
O trabalho entre a escola e a família é um trabalho muito importante, pois os pais depositam a maior confiança no educador que irá tomar conta dos seus filhos. Quando existem aqueles pais que têm o primeiro filho e são inexperientes, apoiam-se muito na opinião do educador, fazendo-lhe questões que lhes ajudarão a ter uma melhor atitude com os seus filhos.
Existe assim uma parceria entre a casa e a instituição, uma vez que os pais transmitem informações da noite da criança, e o educador, no final do dia, partilha os momentos mais importantes do dia da criança. Esta parceria é uma mais-valia para a aprendizagem das crianças, uma vez que existe uma continuidade educativa entre aquilo que é feito na Instituição e o que é feito em casa.
Tal como refere Hohmann e Weikart (2009) “A escola deve apoiar-se nas experiências vividas pela criança no seio da família e crescer gradualmente para fora da vida familiar; deve partir das actividades que a criança vivência em casa e continuá-las (…) É tarefa da escola aprofundar e alargar os valores da criança, previamente desenvolvidos no contexto da família.”[3] (p. 99)
Na sala onde estive a estagiar, sala de 2 anos da Cáritas “O Sol” no bairro da Bela Vista, existe um óptimo trabalho por parte da Educadora da sala com as famílias.
Existe muita partilha de informações, tanto da parte dos pais como do educador, não sendo necessário marcar reuniões para tal, uma vez que se existe algo importante para tratar, a educadora da sala ou alguma das auxiliares da mesma, falam com os pais pessoalmente ou na hora do acolhimento ou na hora das saídas. Normalmente, todas as crianças da sala entram até às 9.30h, e como tal, até essa hora a educadora faz o acolhimento das crianças e dá uma “palavrinha” aos pais.
A educadora adoptou, contudo, a estratégia de colocar textos informativos no placard principal à entrada da sala. Estes textos são sobre alguns temas que possam estar a preocupar os pais, sendo que estes os podem ler, se quiserem, quando vão levar ou buscar as suas crianças.
Neste placard, existe também os objectivos gerais e algumas fotos de actividades realizadas em sala. Como tal, os pais podem ver aquilo que o seu filho fez durante o dia dentro da sala.
Normalmente, as reuniões mais formais com os pais, nesta instituição, são realizadas no inicio e no final do ano lectivo, e nas épocas festivas, tais como: Natal, Páscoa, Dia do Pai, Dia de Reis,…, aproveitando-se assim para falar de uma forma mais global sobre as actividades e as ambições para o futuro, mas ao mesmo tempo de uma forma mais particular, onde o educador no final de cada reunião, se os pais quiserem, se disponibiliza para falar individualmente com cada um.
[1] NOVOA, António (1995). As organizações escolares em análise. 2ª Edição. Lisboa: Publicações Dom Quixote.
[2] JESUS, M.; NORONHA, M. (1998). Cooperação Escola/Família – Guia Facilitador. Lisboa: Ministério da Educação.
[3] HOHMANN, Mary; WEIKART, David P. (2009). Educar a criança. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. 5ª Edição

1 comentário:

  1. Susana

    Obrigada pela partilha do trabalho sobre a importância do trabalho com as famílias.

    Professora Luísa Ramos de Carvalho

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