sábado, 19 de junho de 2010

"Quando os meus pais se esqueceram de ser amigos"




"Quando os meus pais se esqueceram de ser amigos" é um livro infantil de Jennifer Moore-Mallinos que nos poderá auxiliar na abordagem do divórcio para com as crianças. O divórcio nos dias de hoje, é um tema cada vez mais actual. Assim sendo o educador de infância deverá estar consciente desta realidade no sentido de estabelecer uma relação com a familia no sentido de ajudarem a criança a ultrapassar esta fase tão complicada. A família é um dos ambientes mais securizantes para a criança, assim sendo, o educador deverá estar sensivel a estas novas questões que dizem respeito ao trabalho com as familias desajustadas. Estando os pais demasiado envolvidos no processo é compreensível que lhes surjam duvidas na hora de resolver os problemas com a participação da criança. Neste sentido, o educador poderá ter um papel preponderante na hora de mediar a situação do divórcio. O educador poderá sentir que é um problema que não lhe diz respeito mas, uma vez implicada uma criança cujo crescimento e desenvolvimento também é da sua responsabilidade, deverá junto da criança tentar perceber quais os sentimentos da mesma. Segundo Ribeiro (2007) “ a escola, porque a criança passa aí a grande parte do seu tempo, é um lugar privilegiado nestes tempos difíceis.” (p. 108) Principalmente nos processos dos quais resultam divórcios litigiosos, a criança poderá ser a criança a principal prejudicada (quase sempre o é). Assim sendo, ao considerarmos o desenvolvimento da criança como um todo sabemos que o papel da creche, jardim-de-infância ou escola, é fundamental. Quando os pais procuram o educador, este deverá esforçar-se para compreender os progenitores, não as julgando, mas sim tomando em consideração as suas ideias e sentimentos e envolvendo-as na resolução de problemas que surjam. Assim, quando no decurso da conversa entre os progenitores e o educador, existe um conflito, o educador deve preocupar-se em restabelecer rapidamente a relação e a confiança entre ambos, de modo a garantir que a criança possa crescer de forma activa e plena contado com a presença quer da mãe quer do pai.Desta forma, podemos concluir que, o educador deve ser um modelo de respeito na interacção com os outros, pois as crianças aprendem por imitação. Desta forma, tal como refere Silva (2009): “O adulto, enquanto modelo e mediador, tem um papel muito importante na construção de relações sociais adequadas (…)” (p.20)

2 comentários:

  1. Andreia

    O papel do educador, nestas situações, é tão difícil quanto importante. Quando, dois adultos, não estão disponíveis para se entenderem, estão cheios de mágoa e raiva a compreensão e empatia por vezes não basta.
    Vejo muitas vezes a criança a ser o elo de ligação, a curar as feridas, a gerir conflitos. Mesmo com 3 anos... Assim, fico a pensar que entre o dar ferramentas à criança para lidar com o sofrimento e estar atento para denunciar situações de negligência, abuso ou maltrato psicológico, o educador não consegue fazer muito mais. Por vezes, a realidade é muito dura e a empatia não basta.

    Professora Luísa Ramos de Carvalho

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  2. É verdade sim!São sempre situações complicadas e bastante dilemáticas. Como educadores resta-nos a certeza de que fazemos o melhor que podemos fazer!

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