sexta-feira, 25 de junho de 2010

O divórcio dar a notícia aos filhos….





Muitos pais já se devem ter questionado: Como vou dizer ao meu filho que os pais se vão divorciar?

Comunicar aos filhos a decisão do divórcio é uma acção conjunta que os cônjuges devem enfrentar. È conveniente a presença de ambos e o acordo acerca do que lhes irão dizer, bem como evitar que seja acompanhado de discussões, depreciações e outras formas de violência do casal. Os filhos devem ser ouvidos em todas as ocasiões e ser-lhes permitido expressar os sentimentos e receios.
Todavia para que as sequelas da separação sejam mínimas, convém não esquecer:
“ – O que acaba é o casamento, não a maternidade ou a paternidade;
- Os pais devem continuar a ser pais até «Que a morte os separe (dos filhos)»;
-A protecção física e emocional dos menores depende da continuidade dos cuidados da parte dos pais;
- São os cônjuges mas ainda «sócios parentais», até os filhos serem adultos independentes.” (Saló Iolanda, 2006:33)

Citado por Schaffer, segundo Cummings (1994), o “ conflito conjugal é provavelmente uma das influências mais patogénicas no desenvolvimento psicológico das crianças que pode haver” ( Schaffer, 2004: 115)
As perturbações da criança manifestam-se de diversas formas:
- Isolamento
- Baixo rendimento escolar
-Depressão
- Fugas de casa
- Regressões
-Negação do divórcio
-Culpa
-Aproveitamento da situação/ enfrentar os pais
-indiferença

Algumas crianças conseguem exteriorizar o seu sofrimento, a conversar com os pais sobre a situação. Isto permite-lhes atravessar com menos dificuldades a aprovação do divórcio. Mas para que esta situação possa acontecer os pais têm de ser honestos com o que se está a passar. « (…) é desejável que lhes perguntem com muito tacto o que pensam e sentem. Se for necessário poderá optar-se por sessões com um psicoterapeuta como território neutro onde lhes será mais fácil exprimir sentimentos e onde alguns dos seus conflitos intrapsiquicos poderão ser detectados.» (Berger, 1998:25) Outras situações muito frequentes, são aqueles em que a criança no momento da separação dos pais, se debatem sozinhas. Com um impasse, sem espaço para poderem “descomprimir”. Segundo Berger existem quatro preconceitos que os técnicos intervenientes podem ter no que respeita a estas situações são eles:
1- As perturbações manifestadas pelas crianças nascem num período anterior ao desentendimento dos pais e podem resultar de uma patologia psíquica de um deles ou de ambos.As crianças também podem apresentar perturbações quando os pais que estão separados decidem homologar o divórcio, ou casar novamente, ou quando um deles tenha outro filho. Isto põe fim à ilusão de reversibilidade potencial da separação que a criança alimentava: agora, os pais nunca mais poderão viver juntos.
2- Outro aspecto é as sucessivas brigas conjugais que a criança presencia. As duas pessoas que ela mais ama no mundo violentam-se mutuamente, a sua segurança afectiva é abalada e mais vale então que os pais se separarem. Assim os pais ficam mais tranquilos e a criança pode ter momentos mais agradáveis com os pais.
3- O divórcio é sempre traumatizante para a criança mas tem uma contrapartida, ele oferece à criança a ocasião de exprimir um sofrimento que anteriormente não podia demonstrar. Uma criança pode manifestar uma grande variedade de perturbações.
3- O divórcio é sempre traumatizante para a criança mas tem uma contrapartida, ele oferece à criança a ocasião de exprimir um sofrimento que anteriormente não podia demonstrar. Uma criança pode manifestar uma grande variedade de perturbações.
Com base num estudo realizado em oitenta situações clínicas pode-se verificar que existem três tipos de problemas que parecem ser mais específicos:
a) A identificação com o progenitor que se diz lesado. (Exemplo de uma observação: O Tribunal de Família solicita a investigação da família A. Porque Yann, de quinze anos, e Cécile, de treze anos, que pediram para ficar a viver com o pai, não querem voltar a visitar a mãe.
Na presença do técnico, o Sr. A. Diz aos filhos que podem ver a mãe sempre que queiram, mas isto num tom que significa «com a condição de não mo pedirem». A seguir, descreve a maneira como a mulher lhe pediu que saísse de casa e, depois, as perturbações psiquiátricas de que, na sua opinião, ela sofre devido à sua história pessoal (estas perturbações não foram confirmadas com os técnicos). E acrescenta: «Ela ludibriou-nos a todos, especialmente os meus filhos. Enriqueceu com o salão de cabeleireira que montou graças a mim e ficou com todos os objectos que pertencia aos dois» (verificar-se-á mais tarde que estes dois elementos são falsos), enquanto ele e os filhos ficaram pobres por causa da separação. Além disso, ela não cumpriu a sua parte do contrato de casamento, o que é uma falta imperdoável. Quanto a ele, cumpre até ao fim o contrato que assinou perante o conservador do Registo Civil. Agora, a vida dele é um fracasso. Perdeu vinte anos de vida. Aliás, os filhos aperceberam-se do logro e também de que a mãe não era como as outras mães. O Sr. A. está profundamente ferido no seu amor-próprio pelo facto de a mulher o ter abandonado sem que ao menos tivesse sido para ir viver com outro homem. (A Sr. M. explicará depois que se foi embora porque não suportava tê-lo sempre colado a ela, nem o ciúme constante do marido que a acompanhava nem que fosse para ir comprar uma simples alface a dois passos de casa.).
Um técnico explica ao Sr. A. que Yann, em sessão individual, repetira exactamente as suas frases. Declarara não querer deixá-lo nem um instante sozinho durante um fim-de-semana porque o pai ficaria demasiado infeliz e é por isso que não quer ir visitar a mãe. O Sr. A. responde que é normal: os filhos defendem-no porque ele foi atacado; quando ficou muito deprimido depois da separação, aperceberam-se do mal que a mulher lhe tinha feito. O Sr. A. faz teimosamente ouvidos moucos a qualquer sugestão nossa no sentido de não misturar os problemas do casal e o papel de pai, evitando assim que os filhos sofram tanto com a separação e permitindo a si próprio pensar mais livremente sobre a situação. O único resultado que obtivemos foi o de um interminável monólogo sobre a dor insuportável do amor-próprio ferido.
Em sessão individual, Yann diz-nos ter abandonado o futebol por causa da separação dos pais. Compreende perfeitamente o pai. Ao deixá-los, a mãe provou que pensava mais nos amigos e amigas do que na família.
Aliás, tem medo da mãe sente-se pouco à vontade na presença dela desde que os pais se separaram. Ao analisar agora a situação, apercebe-se de que já antes não se sentia à vontade com ela. No entanto, quando lhe pedimos para descrever algumas más recordações da mãe anteriores à separação, não se lembra de nenhuma. Podemos assim verificar o quanto a representação que ele tem da mãe foi modificada retrospectivamente.
Yann acrescenta ainda que o pai ficou pobre e não consegue ver que este ficou com o seu salário por inteiro e metade dos bens. Identifica-se de tal maneira com o sofrimento do pai que desenvolveu convicções irredutíveis que constituem uma espécie de núcleo psicótico localizado.
Diz ainda que o pai foi demasiado bom e que não se esquecerá da lição quando tiver uma namorada. Estamos perante um dos efeitos mais nocivos do terrorismo do sofrimento: o que foi atingido nesta criança foi a representação do vínculo entre o homem e a mulher, o que terá mais tarde como consequência a incapacidade de representação positiva das relações com pessoas do sexo oposto. Na identidade sexual, ser um rapaz e depois um homem, Yann apenas vê humilhação sofrida pelo progenitor do mesmo sexo (G.Lapalus). Isto vai traduzir-se na impossibilidade de, mais tarde, construir uma vida de casal harmoniosa.
Cécile talvez demonstre mais sofrimento. A sessão poderá ter começado da mesma forma: «Quando morávamos todos juntos, eu pensava que a minha mãe era normal.» No entanto, desde que passou algum tempo em casa da família de uma amiga, faz comparações e acha que quando está com a mãe tem a sensação de não estar com uma verdadeira mãe.
Uma mãe é mais afectuosa. Foi viver com o pai porque acha que a mãe quis o divórcio por não se preocupar com eles. A teoria aparente de Cécile é a seguinte: «Não me escolheste e eu também não te escolho.» Mas revela-se outro elemento muito forte. Cada vez que, estando ela e o irmão na companhia do pai, encontravam a mãe na rua, Cécile tinha muito receio que o pai, como aliás aconteceu, se enfurecesse e se tornasse violento. Vive apavorada com a possibilidade de o pai bater na mãe ou de querer estrangulá-la. De certa forma, está a proteger a relação entre os pais, fazendo com que não haja qualquer contacto entre eles, nem mesmo através dos filhos de ambos.
Uma vez que estas crianças não vêem a mãe, quando pensam nela, é no bar ou no seu salão de cabeleireira que a imaginam. Para eles, ela é totalmente má e assim é mais fácil. A ambivalência na presença da mãe é-lhes sem dúvida insuportável: ela gosta de nós, nós gostamos dela; mesmo assim foi-se embora, é uma grande confusão. Quando está mais longe, torna-se mais má; se estiver perto, surge o conflito e isso faz sofrer. Os técnicos concluem que é prematuras as crianças verem a mãe. Mas, como proceder para, ao mesmo tempo, não deixar ao pai a omnipotência de vítima? Estaríamos inclinados a solicitar um acompanhamento psicológico para Cécile, mas o Sr. A. não o aceitaria em e o efeito da terapia seria anulado. Enquanto as crianças sentirem o intenso ódio do pai pela mãe, não conseguirão aceitar visitá-la. Quando, na presença dos filhos, se disse ao pai que era prejudicial para as crianças nunca visitarem a mãe e que era provavelmente necessária uma reavaliação da situação dali a algum tempo, ele teve uma enorme fúria. A própria Sr.ª A. pensa que forçar as crianças teria como resultado pôr o filho contra ela; por outro lado, a filha sentir-se-ia melhor por não ser ela a decidir.
Assim, foi proposto que, se durante seis meses nada se alterasse, fosse judicialmente pronunciada uma obrigação de visita de Cécile à mãe, sob pena de sanção em caso de obstrução por parte do pai. Uma decisão deste tipo é uma das poucas coisas que poderão alterar a situação se ela não evoluir naturalmente. Cécile ficará também mais livre: ser-lhe-á possível ver a mãe visto que é obrigatório e decidido pelo juiz e assim não ficará com a sensação de trair o pai.)

b) A recusa da separação do casal. (Exemplo de uma observação: Albert tem catorze anos, ficou destroçado quando a mãe recebeu pelo correio a homologação do divórcio, embora os pais já estivessem separados havia dois anos. O pai tinha ido viver com outra mulher. Desde o dia em que chegou a homologação do divórcio, Albert anda muito deprimido chora muito. Chora também no colégio e há quinze dias que se recusa a voltar para lá. Opõe-se a todas as soluções que lhe proponham e responde: «De qualquer maneira, nunca mais volto para a escola.» Durante a sessão, volta as costas à mãe quando ela conta a história do casal. Quando os pais se separam, ele afirmou que não iria viver com nenhum dos dois. Acabou por ficar com a mãe mas, ao contrário dos dois outros irmãos, recusa-se a ir passar os fins-de-semana com o pai, o que obriga o Sr. C. a deslocar-se a casa da ex-mulher para o ver.
É desta forma que Albert consegue juntar os pais.

c) As perturbações de representação. (Exemplo de uma observação: Guilhaume F. tinha treze meses quando os pais se separam. Aos 5 anos e meio, sobrevém a uma encoprese no momento em que nasce uma filha do segundo casamento do pai. Pouco tempo depois deste nascimento, Guilhaume pergunta: «Porque é que esta meia irmã tem o pai e a mãe juntos e eu não tenho direito ao mesmo?» Mais tarde, pede ao pai que volte a viver com a mãe. Durante a primeira sessão, que decorreu na presença da Sr.ª F., Guilhaume diz que está furioso com a mãe porque ela faz mal deixar o pai, mas nunca ousou dizer-lho antes. Geralmente, não se mostra agressivo com os pais. Uma das razões desta ausência de agressividade manifesta é o facto de a situação entre o Sr. e a Sr.ª F. ser extremamente tensa. O Sr. F. não paga a pensão de alimentos e intentou uma acção contra a Sr.ª F. junto do Tribunal de Menores para obter a custódia do filho, alegando que Guilhaume corria perigo, era espancado e mal alimentado pela mãe, o que não correspondia à verdade, etc. Guilhaume evita pôr achas na fogueira porque, para ele, qualquer expressão de fúria comporta o risco real de destruição. Um outro obstáculo a qualquer manifestação de enfurecimento é a relação que o Sr. F. mantém com o filho. Em consequência de um passado pessoal muito conturbado (não conheceu o pai porque a mãe nunca lhe revelou que era e viveu com um padrasto tirânico, ciumento e violento), o Sr. F. estabeleceu uma relação muito narcísica com Guilhaume: quer ser um pai maravilhoso, segundo a sua expressão, e Guilhaume procura ser o filho ideal. Assim, quando os dois brigam, o que acontece raramente, Guilhaume fica transtornado e o pai tem a impressão de que «tudo se desmoronou e que se deu um cataclismo». A maior parte das vezes, quando estão em desacordo, Guilhaume não diz uma palavra.
Esta problemática complexa revela-se da seguinte maneira durante as sessões familiares e as sessões individuais com Guilhaume.
Guilhaume tapa os ouvidos cada vez que a mãe aborda as circunstâncias da separação do casal ou que eu toco no tema. Tenta, por todos os meios imagináveis, conversar com a mãe para desviar a conversa, com receio de que falemos da separação, de que briguemos ou nos espanquemos, tal, como os pais o faziam. Este receio de que se verbalize a separação traduz-se por uma agitação extraordinária que apenas se verifica no meu consultório e que surpreendeu o Sr. F. que nunca tinha visto o filho nesse estado, Guilhaume opõe grande resistência a ficar separado da mãe quando ela sai do consultório para o deixar a sós comigo no momento em que me parece conveniente prosseguir com um trabalho individual. A sós comigo, Guilhaume fica então incapaz de produzir material algum com estatuto fantasmático. Agita-se, entrega-se a uma actividade motora desenfreada, desenha apenas motivos geométricos perfeitamente simétricos, cuja sobreposição é exacta quando dobra a folha ao meio e que, provalvelmente, são a representação das duas partes de si ligadas aos pais e que ele tenta manter iguais e soldadas. Propõe-me jogos cujo tema é sempre o domínio absoluto sobre um objecto, neste caso o terapeuta, não conseguindo manter qualquer actividade organizada que seja, o que o Sr. F. já me tinha feito notar, dizendo-me que Guilhaume não era capaz de brincar sozinho. Noutras ocasiões, vem encostar-se completamente a mim. Estamos perante algumas características de uma organização anal patológica: a predominância de actos de tipo muscular e do domínio tirânico em detrimento da actividade fantasmática. Todas as manifestações observadas são deveras surpreendentes, tanto mais que não ocorrem na escola e também porque Guilhaume conseguiu ter um aproveitamento normal no primeiro e segundo anos de escolaridade.
A encoprese parece pois ser um sintoma com múltiplos significados: Guilhaume confessa sem dificuldade que retém as fezes no recto e as faz recuar no momento em que poderia evacuar. Há aqui não só a expressão de dificuldade que ele tem de se separar do objecto durante a evacuação, mas também uma forma de o manter em contacto perceptivo, através do contacto com a mucosa anal. Poderíamos ainda dizer, na perspectiva da representação anal da sexualidade, que é a maneira que Guilhaume tem de reter em si o pénis do pai no ventre da mãe e, dessa forma, de os manter unidos. Contudo, a encorpese surge também em momentos de desorganização psíquica; quando por exemplo, Guilhaume se esquece de qualquer coisa que o pai lhe tenha pedido, o que o angústia muito, ou quando receia ser dominado pela fúria. A cena que a seguir se descreve como encoprese pode surgir quando Guilhaume parece ter pensamentos inconciliáveis sobre a separação dos pais. Uma vez mais, diante do pai, Guilhaume compara o que se passa em casa do pai e em casa da mãe. Durante as férias, fez uma viagem de barco com o pai, a madrasta e a meia-irmã e achou que era muito agradável andar num veleiro. A seguir, fez campismo e caravanismo durante quinze dias com a mãe e o padrasto. Quando voltou a estar com o pai, disse-lhe que andar de barco era perigoso. Da mesma forma denigre a vida no campo que o pai prefere à da cidade, que é onde a Sr.ª F. gosta de viver. O pai e a madrasta acabam por lhe dizer que estão fartos das suas constantes comparações entre o que se passa em casa do pai e na da mãe e que cada um pode viver de maneiras diferentes, sem que sejam melhores umas do que as outras. Na, hora seguinte, Guilhaume defeca nas calças. Em tais circunstâncias, uma criança anda forçosamente à procura das diferenças, mas Guilhaume não consegue pensar nelas como sendo complementares e vivê-las com um prazer curioso; para ele, são incompatíveis e intoleráveis.
A Sr.ª e o Sr. F., conscientes dos problemas do filho, pedem-me que os receba aos três. Os pais reconhecem que se «portaram como crianças» na ocasião do divórcio e também posteriormente e que, por causa disso, a sua separação teve um forte impacto na vida psíquica de Guilhaume.
Apesar desta sessão surpreendente, Guilhaume afirma mais tarde que os pais se separaram por culpa dele. Opõe cada vez mais resistência às sessões. O afastamento profissional da mãe põe um fim às sessões que, ao fim de quinze meses, não trouxeram melhoras a Guilhaume. Há nele umas conflitualidades intrapsíquica que podemos avaliar quanto o vai continuar a perturbar.
4- Proporcionar à criança um território neutro onde ela possa exprimir o que sente a respeito da separação dos pais pode evitar que sobrevenham problemas psíquicos. Mas, ás vezes estas situações não são eficazes, porque algumas crianças não querem mesmo falar nem ouvir falar dessa situação podendo mesmo vir a recusar as sessões.

Segundo Saló (2006) os pais devem clarificar os filhos com vista a prepará-
los para a separação.

Os pais devem :

Transmitir o quanto os pais se sentem mal por terem chegado a essa situação de separação, mas também a confiança de que é o melhor para todos.
Explicar o motivo da separação de forma simples e compreensível para os filhos.
Indicar que a separação implica que os pais vivam em lugares diferentes, mas que em nenhum caso deixam de ser pais.
Insistir em como os filhos continuam a ter um pai e uma mãe que gostam e cuidam deles e que continuarão a fazê-lo no futuro.
Explicar qual dos pais se vai embora de casa e o lugar onde irá viver.
Informar sobre onde e quando poderão ver aquele que sai de casa.
Informar sobre as mudanças que vão acontecer no dia-a-dia dos filhos.
Deixar bem claro que a decisão de separação é dos pais e que os filhos não são culpados nem depende deles a reconciliação.

Os pais não devem:

Justificar-se perante os filhos do porquê da decisão.
Descrever os detalhes íntimos dos problemas que provocaram a separação.
Tecer comentários sobre os problemas económicos ou outros inconvenientes derivados da separação.
Recorrer a censuras e à manifestação de desconfiança entre os pais.
Evitar os comentários que tentam retirare importância à situação.
Oferecer sugestões de que um dos pais está mais preparado do que o outro para cuidar deles.
Não serem totalmente sinceros com as mudanças na vida diária da criança se estas vão ser importantes.
Tecer comentários que possam criar falsas expectativas de reconciliação entre os pais.





Bibliografia
Berger, Maurice. (1998); A criança e o sofrimento da separação, 1ª edição, Lisboa. CLIMEPSI EDITORES.
Saló, Iolanda. (2006); Enciclopédia dos Pais – Como Ser Melhores Pais; Parte I; PRESSELIVRE – Imprensa Livre, S. A. por Printer Portuguesa, Casais de Mem Martins.
Schaffer, H. Rudolph (2004); Introdução à Psicologia da Criança; Instituto Piaget: Lisboa.

1 comentário:

  1. Telma

    Podia desenvolver este texto com testemunhos das crianças para fazer um artigo para a revista da APEI.
    Boa ideia?

    Luisa Ramos de Carvalho

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